Deflagrada pela Polícia Civil do Paraná na manhã desta terça-feira, dia 28, a Operação “Peça Chave”, investiga diversos crimes praticados por pessoas ligadas à empresa JMK, responsável pela manutenção de veículos oficiais do Estado do Paraná. A atividade criminosa estaria ocorrendo desde o início da execução do contrato, no ano de 2015, quando o então governador Beto Richa (PSDB), reeleito, iniciou seu segundo mandato. O esquema fraudulento, que causou prejuízos aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 125 milhões, pelas autoridades competentes.
No ano de 2016, exatamente um ano após o início da vigência do contrato entre a JMk e o governo do Estado, a ADEPOL-PR, por meio de sua diretoria, já investigava e denunciava as autoridades, como por exemplo o Ministério Público do Paraná, os indícios de irregularidades daquele contrato. O então presidente da ADEPOL-PR, Dr. João Ricardo Keppes Noronha, capitaneava as investigações promovidas pela diretoria da ADEPOL-PR.
A ADEPOL-PR chegou a noticiar em seu jornal institucional as suspeitas sobre irregularidades no contrato e na execução dos serviços e convocou os delegados de polícia que enviassem qualquer evidência ou prova, partido do serviço de manutenção das viaturas, com a máxima urgência para a ADEPOL-PR.
Passados três anos desta convocação, a Polícia Civil do Paraná finalmente pode colocar as mãos nos suspeitos de integrar a quadrilha que usava, entre outros artifícios para confundir as autoridades, nomes de laranjas e empresas de fachada para operar o esquema. O governador Ratinho Junior, então secretário de Beto Richa na época da celebração e execução do contrato com a JMK se limitou a dizer que “herdou” o problema. Membro da maior bancada governista na ALEP entre os anos de 2015 a 2018, Ratinho Junior teve , e ainda tem ao seu lado, desde 2015, o fiel escudeiro de Beto Richa em suas duas gestões, o hoje Secretário Chefe da Casa Civil, Guto Silva, deputado estadual eleito sob as bençãos de Richa. Silva era homem muito próximo ao ex-governador que, entre outras coisas, lhe concedeu, em 2011, o cargo de subchefe da Casa Civil, cargo em que permaneceu até meados de 2014, quando deixou para disputar e vencer sua primeira eleição de deputado estadual. De 2015 a 2018 passou a integrar a base de apoio a Richa e, entre outras coisas, junto aos demais deputados da base governista, votou contra os pedidos de CPI contra o governo para investigar licitações, contratos e outras denúncias de corrupção, entre as quais o contrato da JMK.