Uma Instituição não se faz só de momentos ou de comentários na WEB. Quanto mais tempo tem de existência mais crises ela já passou e vai passar. Foi assim com a Igreja, com o Executivo, com o Congresso, com outros poderes e com o Jornalismo. Ou você acha que todos os meios de comunicação da época, jornais, rádios e tv, bradaram contra o nazismo, contra o fascismo ou contra a Ditadura no Brasil, não, também erraram, e por vezes continuam errando. Em editorial histórico de setembro de 2013 o Jornal o Globo reconheceu que errou ao apoiar o golpe militar de 1964, disse mais, que outros veículos de comunicação, como Folha e Estado, fizeram o mesmo. O erro faz parte da existência do ser humano.
Por outro lado, afirmar que o jornalismo morreu é o mesmo que afirmar que ele não é necessário. Sendo que todos nós sabemos que o jornalismo sério é essencial em um Estado Democrático de Direito, tal qual a Polícia Civil. Polícia Civil uma instituição centenária que sofre desde o seu nascituro com a ingerência e falta do apoio político, mas que foi reconhecida como a primeira a garantir a legalidade e a justiça.
Causa estranheza a manifestação de um apresentador de programa de TV de Londrina que arvorando-se de pretor da web julgou e divulgou o Fim da Polícia de Londrina como o resultado de uma operação que afastou alguns policiais civis. Não temos acesso aos autos e acredito que ele também não. Não fomos nomeados juízes e por isso oramos que os inocentes sejam absolvidos e os culpados sejam condenados.
Não pretendemos divulgar o nome do apresentador, pois talvez seja esse seu intuito “um momento de glória” diante de sua medíocre reportagem, ainda mais que seu conhecimento, conforme mesmo citou, parece restrito a filmes como Tropa de Elite.
Senhor apresentador, tenha certeza que a Polícia Civil de Londrina não morreu, o que parece que está sofrendo de algum mal é seu discurso verborrágico e sua capacidade limitada na análise dos fatos.
Curitiba e Londrina, 02 de outubro de 2020.
Diretorias da ADEPOL e do SIDEPOL.