A Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (ADEPOL PR) e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (SIDEPOL PR) vêm a público manifestar seu total apoio às Delegadas de Polícia que integram a Força Tarefa montada para apurar os fatos ocorridos no município de Foz do Iguaçu no dia 09/07/2022, que vitimaram o guarda municipal Marcelo Arruda durante a comemoração de seu aniversário.
Inicialmente, deve-se destacar que ao Delegado de Polícia cabe, com isenção e imparcialidade, conduzir a investigação criminal de forma ética, técnica, eficaz e célere, realizando diligências imprescindíveis para que se chegue ao completo esclarecimento do fato, com individualização da autoria delitiva e da materialidade do crime.
A investigação criminal, por sua natureza técnico-jurídica, não deve ser contaminada por ideologia político partidária ou repercussão social, devendo estar sempre atenta ao respeito as leis e a Constituição da República, que nada mais são do que a mais legítima expressão da vontade popular em um Estado Democrático de Direito.
Uma vez coletados indícios de autoria delitiva e prova de materialidade de um crime, é dever do Delegado de Polícia, ao realizar a primeira avaliação técnico jurídica do caso, aplicando a legislação vigente, promover o indiciamento do investigado.
As Delegadas de Polícia responsáveis pela investigação, de forma técnica, clara e imparcial, como se espera de operadores do direito e integrantes de carreiras jurídicas do estado, após lograrem êxito em remontar a cronologia dos fatos que levaram o fatídico episódio, identificando e promovendo a oitiva de testemunhas, requisitando perícias indispensáveis e demais atos de investigação, cumpriram seu dever de ofício e promoveram o indiciamento do investigado, como base em avaliação técnico jurídica e desdobramento natural da investigação.
Dentro do espaço democrático, embora as críticas sejam aceitáveis, ataques pessoais e tentativa de politização da investigação realizadas por operadores do direito, que não tiveram acesso aos autos, direcionadas àqueles que cumpriram seu dever e encaminharam uma investigação de excelência ao Poder Judiciário, exclusivamente com base em ideologia política, servem apenas para exacerbar ainda mais a polarização existente no país.
Com a certeza de que os profissionais envolvidos apresentaram um trabalho pautado na seriedade e na ética, cumprindo com àquilo que é esperado no início da persecução penal, as entidades representativas acima identificadas se solidarizam as Delegadas de Polícia responsáveis pela condução do Inquérito.