NOTA DE REPÚDIO
A Associação dos Delegados de Polícia do Paraná vem a público manifestar seu repúdio quanto à divulgação dos resultados produzidos nos trabalhos investigativos da Polícia Civil pelo Secretário de Segurança Pública e de Administração Penitenciária, Wagner Mesquita de Oliveira, conforme ocorrido na data de ontem (01/06/2017) na cidade de Londrina/PR, e vem ocorrendo sistematicamente.
As ações realizadas pela Polícia Civil provocam acentuado interesse junto aos meios de comunicação e, dessa maneira, as informações repercutem imediatamente no seio social, justificando a consolidação da sua imagem institucional como titular das funções de polícia investigativa e judiciária em âmbito estadual, além de garantidora de direitos fundamentais.
Assim, é necessário fortalecer o nome e a imagem da Polícia Civil do Paraná perante a sociedade, a mídia e seus próprios servidores, atrelando-os às realizações e êxitos da Instituição.
Vincular a imagem pessoal a resultados positivos consiste em tarefa fácil, verdadeira colheita de louros derivada do sacrifício de policiais civis que não dispõem sequer do mínimo para o desenvolvimento das suas atribuições, seja quanto ao aspecto material, seja no tocante à questão de pessoal; afinal a Polícia Civil do Estado do Paraná apresenta seu quadro de servidores diminuto, dispondo da metade do legalmente criado. Com efeito, a preocupação do chefe de tal Secretaria deve estar focada na gestão administrativa e em solucionar essas profundas deficiências estruturais.
Vislumbramos que fato de imensa repercussão ocorreu também na região de Londrina/PR poucos dias antes; nos referimos à fuga de mais de 30 (trinta) presos da carceragem da Delegacia de Polícia de Cambé/PR na madrugada de 28/05/2017, transformada em cadeia pública através de Resolução Secretarial. Porém, não assistimos ao comportamento do Secretário Wagner Mesquita de Oliveira em se deslocar até a Unidade Policial para auxiliar na resolução do problema; assim, reiteramos, atrelar a imagem pessoal a eventos positivos consiste em mister sem desforço, além de ferir de morte os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade, podendo gerar, inclusive, a responsabilização do gestor por ato de improbidade.
João Ricardo Képes Noronha
Presidente da ADEPOL/PR
Agência Estadual de Notícias muda matéria após publicação de nota pela ADEPOL
Após a publicação na data de ontem de uma nota oficial de repúdio denunciando a divulgação de notícia mentirosa por parte da agência governamental, a AEN suprimiu de seu site a matéria: “Mais 118 profissionais reforçam o quadro da Polícia Civil no Estado”, no lugar da manchete passou a constar “Estado forma mais 118 policiais civis”.
“Continuaremos vigilantes, reprimindo qualquer divulgação fantasiosa e atos de autopromoção abusiva, que causam sérios prejuízos à sociedade paranaense, se preciso for levaremos essas questões ao Ministério Público e exigiremos a punição dos responsáveis.” Reforçou o Presidente da ADEPOL, João Ricardo Képes Noronha.
