A ADEPOL-PR, encaminhou na tarde desta terça-feira (14), dois ofícios à Secretaria de Segurança Pública do Paraná – SESP, solicitando a revisão do Plano de Ação integrada para enfrentamento da COVID-19 nas carceragens de Delegacias de Polícia e Penitenciárias do Estado do Paraná. Os documentos, um deles assinado em conjunto com o SINCLAPOL, foram redigidos e encaminhados após chegar ao conhecimento dessas entidades de classe a pauta em que a Polícia Civil teria a incumbência de promover a remoção e escolta de presos contaminados com Covid-19 para as unidades de municípios que integram algumas regionais do DEPEN como Curitiba, Guarapuava e Francisco Beltrão.
Nesses ofícios, ficou devidamente explanado, de forma clara e objetiva, acerca da sobrecarga de trabalho que acomete os Policiais Civis do Paraná e que tal decisão irá acarretar em incremento ilegal e abusivo de risco a esses servidores, para além do risco inerente à função policial, eis que os servidores policiais civis são vocacionados constitucionalmente (contratados e treinados pelo Estado) ao exercício da função de polícia judiciária e investigativa, e, por isso, não estão (e nem devem estar) preparados para tal exposição junto à presos contaminados com COVID-19. Além do que, essa postura impositiva por parte da SESP também colocará os servidores policiais civis em franco desvio de função, eis que tal mister de transporte, escolta e gestão de presos cabe ao DEPEN e aos seus agentes (atualmente, policiais penais).
Assim, a associação mostra-se preocupada com a já patente insuficiência de servidores policiais civis que poderão ter ainda mais as suas funções desviadas, em prejuízo grave aos trabalhos de Polícia Judiciária.
Confira abaixo na íntegra os ofícios encaminhados à SESP: