Curitiba, 28 de outubro de 2020
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Associação dos Delegados de Polícia do Paraná – ADEPOL-PR – vem a público apresentar esclarecimentos em relação às lamentáveis manifestações do Deputado Estadual Plauto Miro, em plenário virtual da Assembleia Legislativa Estadual do Paraná, realizadas no dia 27 de outubro de 2020, o qual questionou em tom de desconfiança injustificada a atuação da Polícia Civil em situação de suposto atentado envolvendo candidato à Prefeitura de Ponta Grossa.
Com efeito, a Guarda Municipal conduziu em flagrante delito um homem que portava consigo uma arma de fogo calibre 9mm, além de pequena quantidade de drogas, que estava próximo ao local onde o candidato Márcio Pauliki realizava campanha política.
A situação fática flagrancial foi apresentada à Autoridade Policial responsável pelo plantão regionalizado da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, por meio de videoconferência, tecnologia utilizada pela Polícia Civil para otimizar os escassos recursos humanos disponíveis.
Após análise técnica e jurídica dos fatos apresentados, a Autoridade Policial prendeu o conduzido em flagrante delito pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de calibre permitido, dada recente alteração legislativa quanto ao calibre 9mm, e posse ilegal de drogas para consumo pessoal, em razão da pequena quantidade de entorpecente apreendido. Os elementos apurados até então pela competente e célere investigação não apontam sequer indícios quanto ao suposto atentado a que se referiu inadvertidamente o Deputado Plauto Miró, eis que os fatos atribuídos ao autuado se distanciam de qualquer conotação ou motivação política.
Em estrita observância à legalidade, pelo somatório das penas atribuídas aos crimes imputados ao preso, o Delegado de Polícia arbitrou fiança a esse, a qual foi devidamente recolhida, motivo pelo qual o investigado foi posto em liberdade.
A prisão foi imediatamente comunicada ao Poder Judiciário, que homologou o auto de prisão em flagrante, uma vez presentes todas as formalidades legais. O ato também foi referendado pelo Ministério Público, que, inclusive, já ofereceu denúncia com base nas peças produzidas pela Autoridade Policial.
Assim, que reste claro e indiscutível o acerto do Delegado de Polícia que presidiu esse auto de prisão em flagrante, eis que agiu de forma competente, imparcial, célere e amparado na lei, de modo que oportunismos políticos tendenciosos, que acabam distorcendo a verdade dos fatos, não podem ser admitidos, sob pena de injusto prejuízo à boa imagem da Polícia Civil do Paraná, especialmente em Ponta Grossa, onde tal imagem foi construída a duras penas e de forma brilhante pela equipe de Delegados e demais Policiais Civis que compõe a 13.ª Subdivisão, em razão dos excelentes trabalhos de Polícia Judiciária que vem sendo realizados na região.
A ADEPOL, em defesa das prerrogativas e da independência funcional dos Delegados de Polícia do Paraná, manifesta total apoio ao Delegado de Polícia que conduziu o procedimento, repudiando manifestações políticas oportunistas, pautadas em interesses eleitoreiros, absolutamente dissociadas da verdade dos fatos.
A Diretoria – ADEPOL PR