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Em Brasília, ADEPOL-PR participa de Movimento Nacional contra a Reforma da Previdência

25 de maio de 2019

A ADEPOL-PR, representada pelo seu presidente, o Delegado de Polícia, Dr. Daniel Fagundes, participou, na última terça-feira, dia 21, em Brasília, de uma Manifestação contra a Reforma da Previdência. O ato reuniu outras 19 entidades que foram ao protesto representando as categorias dos policiais civis,  federais, rodoviários, guardas municipais, agentes penitenciários e socioeducativos. Ao todo, mais de quatro mil pessoas participaram do ato realizado na Praça da Bandeira, na Esplanada dos Ministérios.

O presidente da ADEPOL-PR, criticou duramente a postura do governo e do presidente Jair Bolsonaro e exigiu, junto a outros líderes, a retirada do texto atual da Reforma da Previdência. “Estamos aqui para mostrar ao governo que não iremos nos calar para este retrocesso contra nossa aposentadoria, contra a nossa carreira. O policial é a última barreira entre a sociedade e o crime, não atiramos em alvo de papel e não ficamos treinando estratégias de quartel, nós estamos na guerra, nós enfrentamos o crime organizado, o tráfico, as quadrilhas, as milícias diariamente em todo o país. É um absurdo o que estão fazendo, é um absurdo mexer em nossa aposentadoria que tem sim caráter especial pela natureza da profissão e de seus riscos”, declarou Fagundes.

A Manifestação foi organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e levou para frente do Congresso Nacional cem cruzes fixadas ao chão. “É uma forma de mostrar aos deputados e senadores que aprovar esse texto apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro, que teve sim o apoio das polícias em todo o país, é decretar a morte dos policiais e da carreira. Quem em sã consciência, qual país organizado e desenvolvido desse mundo, obriga um policial a trabalhar até quase os 60 anos, ou mais?”, indagou o delegado.

O presidente da ADEPOL-PR explica ainda que a proposta do governo diz que para se aposentar, o policial Civil  precisará ter idade mínima de 55 anos. “Não satisfeitos, obrigam o policial a envelhecer nas ruas enfrentando o crime em uma guerra desigual e ainda querem aumentar o tempo de contribuição, 30 anos com 25 de exercício para os homens e de 25 anos com mínimo de 15 de exercício para as mulheres, ou seja, querem acabar de uma vez não só com a profissão, mas com os profissionais”, disse o presidente.

Próximos passos

A Reforma da Previdência proposta pelo governo tramita na Câmara dos Deputados.  Só depois de aprovada em dois turnos  é que irá para o Senado. Em meio a essa disputa, os representantes das categorias policiais correm atrás das assinaturas dos deputados federais em verdadeira força tarefa convocada pela ADPJ. “ O objetivo é colher assinaturas dos deputados federais nas emendas à PEC 06/19 e alterar a proposta do governo, evitando os retrocessos propostos. Para isso, precisamos de um mínimo de 171 assinaturas para que a emenda possa ser analisada pela comissão especial da reforma da previdência”, concluiu o presidente da ADEPOL-PR.

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